sexta-feira, julho 29, 2011

Jantar de grupo

Será que só os Portugueses têm esta péssima perspectiva.
Pergunta inicial num jantar de grupo:
– Então pessoal, cada um paga o seu, ou é a dividir por todos?
Respostas possíveis:
Quando decidem que cada um paga o seu, então pedem um prato económico (tipo pizza) e um sumo ou água.
Quando decidem que é a dividir por todos, então venha de lá uma lagosta, marisco (tipo qualquer coisa mesmo boa) e uma garrafita de vinho (ou será melhor pedir já duas) …

terça-feira, julho 26, 2011

Vaso defeituoso

Uma anciã chinesa tinha dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava às costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito.

Todos os dias ela ía ao rio buscar água, e ao fim da longa caminhada do rio até casa o vaso perfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meio vazio. Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água.

Naturalmente o vaso perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado - e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, ao conseguir fazer só metade daquilo que deveria fazer. Ao fim de dois anos, reflectindo sobre a sua própria amarga derrota de ser "rachado", durante o caminho para o rio o vaso rachado disse à velhinha:
- Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até à sua casa...
A velhinha sorriu:
- Reparaste nas lindas flores que há no teu lado do caminho, somente no teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E, todos os dias, enquanto voltávamos do rio, tu regava-las. Foi assim que durante dois anos pude apanhar belas flores para enfeitar a mesa e alegrar o meu jantar. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.

Cada um de nós tem o seu defeito próprio, mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é, e descobrir o que há de bom nele!

sexta-feira, julho 22, 2011

Português mandrião

A vida é dura, não é meu menino?
Pois é! É mesmo dura.
Mas... Quando foste ao banco comprar casa com garagem, não te lembraste disso?
Quando encheste a casa de bimbalhices da "Movflôor" e do "Ikeiiiya" quem te obrigou?
Quando foste ao banco pedir para o carrão? Quem te forçou a isso?
E aquelas férias, anos seguidos a Cuba? E o passeio de fim de curso à República Dominicana?
E a praia em Punta Cana? E as idas a Cabo Verde?
Mas, meu desgraçado, quem te obrigou a gastar sem pensar no amanhã?
Foi o patrão? Foi o banco, no seu negócio? Foram os políticos?
Alguém te obrigou na ponta da pistola a pedir crédito?
Tu que eras do Bairro Social, até foste casar à Tunísia! Já não te lembras?
Eu lembro. Eu andava a estudar, a trabalhar, a poupar! Não tinha tempo para me armar em bom. Sabia o que a vida custava...
Mas tu, armado em bom, armado em fino, enchias os centros comerciais nos teus passeios ridiculos, ao fim de semana, a gastar, gastar, gastar, cheio de sacos de roupa, cheio de gadgets, carregado de LIXO que hoje nada vale.
Quem te obrigou a fazer essa vida?
Agora queixas-te que o patrão te va despedir? Que a tua empresa vai fechar?
Que a tua teta secou? Que os teus amigos nem querem saber de ti para nada?
Pudera! Estão como tu! Estão piores do que tu!
Queres saber uma coisa?
Mereces isso e tudo o mais que ainda vais passar.
O carro vai apodrecer! A casa ao banco vais ter de a entregar!
O emprego vais perder em breve! O teu subsídio passa num instante!
A miséria vai chegar.
Queres saber uma coisa?
É bem feita! Muito bem feita!
Não quisesses ser aquilo que não és. Fosses modesto, humilde, sério, poupado.
Enquanto andaste na maior nunca te ouvi queixar! Enquanto te emprestaram para gastar, venha ele!
Agora tens de aguentar. Aguentar.
O único culpado és TU e APENAS TU QUE NUNCA TE SOUBESTE GOVERNAR.
Mereces tudo o que te venha de mal, porque foi essa vida que tu escolheste para ti,
ao viver da maneira como tu viveste.
Agora aguenta, menino. Chegou a altura de começar a chorar.
Fonte: Diário Económico

quinta-feira, julho 14, 2011

Relatório do estado do Mundo

Se a população da Terra fosse reduzida à dimensão de uma pequena cidade de 100 pessoas, poderia observar-se a seguinte distribuição:
57 Asiáticos; 21 Europeus; 14 Americanos; 8 Africanos
52 mulheres; 48 homens / 70 pessoas de côr; 30 caucasianos
89 heterossexuais; 11 homossexuais / 1 morreria; 2 nasceriam
6 pessoas seriam donas de 59% de toda a riqueza e todos eles seriam dos Estados Unidos da América
80 pessoas viveriam em más condições
70 não teriam recebido qualquer instrução escolar
50 passariam fome
1 teria um computador
1 (apenas um) teria instrução escolar superior

Quando olhas para o mundo nesta perspectiva, consegues perceber a real necessidade de solidariedade, compreensão e educação?

Pensa também no seguinte:

Esta manhã, se acordaste de saúde, então és mais feliz do que 1 milhão de pessoas que não vão sobreviver até ao final da próxima semana. Se nunca sofreste os efeitos da guerra, a solidão de uma cela, a agonia da tortura, ou fome, então és mais feliz do que outras 500 milhões de pessoas do mundo. Se podes entrar numa igreja (ou mesquita) sem medo de ser preso ou morto, és mais feliz do que outras 3 milhões de pessoas do mundo. Se tens comida no frigorífico, tens sapatos e roupa, tens uma cama e tecto, és mais rico do que 75% das outras pessoas do mundo. Se tens uma conta bancária, dinheiro na carteira e algumas moedas num mealheiro, pertences ao pequeno grupo de 8% de pessoas do mundo que estão bem na vida. Se estás a ler esta mensagem, és duplamente abençoado, pois não fazes parte do grupo de 200 milhões de pessoas que não sabe ler. e... tens um computador!

Tal como alguém uma vez disse:
"- trabalha como se não precisasses do dinheiro,
- ama como se nunca tivesses sido magoado,
- dança como se niguém estivesse a ver-te,
- canta como se ninguém te estivesse a ouvir,
- vive como se a terra fosse o Paraíso."

quarta-feira, julho 13, 2011

O golpe do ano - (Antiga anedota)

Acompanhado de uma belíssima mulher, o sujeito entra na joalharia e manda que ela escolha a jóia que queira, sem se preocupar com o preço.
Examina daqui, experimenta uma, depois outra, ela finalmente decide-se por um colar de ouro com diamantes e rubis. Preço: €458 mil.
Ele manda embrulhar, saca um talão de cheques e começa a preencher.
Assina, destaca e ao estendê-lo, percebe a fisionomia constrangida e preocupada do vendedor enquanto examina o cheque.
O cliente, então, num gesto de gentleman, toma a iniciativa:
- Vejo que está a pensar que o cheque pode não ter cobertura, não é? É natural, eu também desconfiaria... Afinal, uma quantia tão avultada... Tudo bem, façamos o seguinte: hoje é sexta-feira e o banco já fechou, você fica com o cheque e com a jóia, na segunda-feira vai ao banco, levanta o dinheiro e manda entregar a jóia em casa desta senhora, ok?
Cheio de mesuras e agradecimentos pela compreensão, o vendedor encaminha o casal até a saída, desejando-lhes um bom fim-de-semana.
Na segunda-feira, o vendedor liga ao cliente para dizer-lhe que, infelizmente, deveria ter havido algum equívoco do banco, pois o cheque não tinha cobertura.
Ouve, então, uma voz meio sonolenta:
- Não há problema! Pode rasgar o cheque que eu já comi a gaja...

terça-feira, julho 12, 2011

Algumas dicas... 3/20

Fazer refeições coloridas é sem dúvida mais saudável. Optar por comer alimentos de pelo menos 3 cores diferentes já é um bom começo. A partir daí basta imaginarmos que ao inserir mais uma cor na nossa refeição estamos a torná-la mais equilibrada, pois quanto maior variedade (e temos desde o vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco), em frutas e vegetais, criamos uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.

segunda-feira, julho 11, 2011

As verdades da mentira (9/9)

A mentira implica a distorção da realidade, uma espécie de efeito camaleão que nos transforma naquilo que não somos.

domingo, julho 10, 2011

Sabedoria de professor

Numa dada noite, três estudantes universitários beberam até altas horas e não estudaram para o teste do dia seguinte.

Na manhã seguinte, eles desenharam um plano pra se safarem. Sujaram-se da pior maneira possível, com cinza, areia e lixo. Então, eles foram ter com o director da cadeira e disseram que tinham ido a um casamento na noite anterior e no seu regresso um pneu do carro que conduziam rebentou. E eles tiveram que empurrar o carro todo caminho e portanto não estavam em condições de fazer aquele teste. O director que, era uma pessoa justa, disse que eles fariam um teste-substituição em três dias, e que para esse não havia desculpas. Eles afirmaram que isso não seria problema e que estariam preparados. No terceiro dia eles apresentaram-se para o teste. O director disse que aquele era um teste sob condicões especiais e que os três teriam que o fazer em salas diferentes.
Os três, dado que tinham estudado bem para o teste e se achavam preparados, concordaram com o director. O teste tinha 5 perguntas com um total de 20 valores.

Q.1. Escreva o seu nome---(0,5 valores)
Q.2. Escreva o nome da noiva e do noivo do casamento a que foste há quatro dias atrás---(5 valores)
Q.3. Que tipo de carro conduziam cujo pneu rebentou---(5 valores)
Q.4. Qual das 4 rodas rebentou---(5 valores)
Q.5. Quem ia a conduzir---(2,5 valores)
Q.6. Qual era a marca da roda que rebentou---(2 valores)
Email de: Alexandre Correia

sábado, julho 09, 2011

O blog feito pelos seus leitores 18

Avaliação dos professores - Opinião de uma advogada
Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros, juízes, etc.).
Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, os médicos.

A carreira seria dividida em duas:
Médico titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar) e Médico.
A avaliação seria feita pelos pares e pelo director de serviços.
Assim, o médico titular teria de assistir a três sessões de consultas, por ano, dos seus subordinados, verificar o diagnóstico, tratamento e prescrição de todos os pacientes observados. Avaliaria também um portefólio com o registo de todos os doentes a cargo do médico a avaliar, com todos os planos de acção, tratamentos e respectiva análise relativa aos pacientes.
O médico teria de estabelecer, anualmente os seus objectivos: doentes a tratar, a curar, etc.
A morte de qualquer paciente, ainda que por razões alheias à acção médica, seria penalizadora para o clínico, bem como todos os casos de insucesso na cura, ainda que grande parte dos doentes sofresse de doença incurável, ou terminal. Seriam avaliados da mesma forma todos os clínicos, quer a sua especialidade fosse oncologia, nefrologia ou cirurgia estética...

Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos 'especialistas' na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim.
A questão é saber se consideram aceitável o modelo?
Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?
Já agora... Poderiam começar a 'experiência' pelos nossos representantes na Assembleia da República... Enviado por e-mail: Carlos Gentil

sexta-feira, julho 08, 2011

Depois…

Convencemo-nos que a vida será melhor depois…
depois de acabar os estudos,
depois de arranjar trabalho,
depois de casarmos,
depois de termos um filho,
depois de termos outro filho…
Então, sentimo-nos frustrados porque os nossos filhos ainda não são suficientemente crescidos e julgamos que seremos mais felizes quando crescerem e deixarem de ser crianças. Depois, desesperamos porque são adolescentes, insuportáveis. Pensamos: “Seremos mais felizes quando esta fase acabar!”
Então, decidimos que a nossa vida estará completa quando o nosso companheiro ou companheira estiver realizada…
quando tivermos um carro melhor,
quando pudermos ir de férias,
quando conseguimos uma promoção,
quando nos reformarmos…

A verdade é que não há melhor momento para ser feliz do que agora!
Senão for agora, então quando será?
A vida está cheia de depois… é melhor admiti-lo e decidir ser feliz agora, de todas as formas.
Não há um depois nem um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho e é AGORA!

Deixar de esperar…
até que acabes os estudos,
até que te apaixones,
até que encontres trabalho,
até que cases,
até que tenhas filhos,
até que eles saiam de casa,
até que percas esses 10kg,
até sexta-feira à noite,
até à Primavera, o Verão, o Outono ou o Inverno, ou até que morras…
para decidires então que não há melhor momento do que justamente ESTE para seres feliz!

A felicidade é um trajecto, não um destino!
Pe. Joaquim Mário

quarta-feira, julho 06, 2011

Sabiam que...

... por segurança, os pneus novos ou menos gastos devem ser sempre montados no eixo traseiro. Fonte: Michelin

terça-feira, julho 05, 2011

Algumas dicas... 2/20

Vamos lá trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral.
O qual tem quase 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e 2 vezes mais ferro do que tem o pão branco.
Se não o fizerem todos os dias pelo menos variem.

segunda-feira, julho 04, 2011

Arte - Uma questão de enquadramento

Numa manhã como outra qualquer: Um sujeito entra na estação do metro, vestindo jeans, camisa e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, na hora de ponta.
Durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelas pessoas que circulavam.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam simplesmente uns 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, telemovel no ouvido, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
Conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefacto de luxo sem etiqueta de marca.
Veja o video da experiência aqui

domingo, julho 03, 2011

Como elevar os padrões das coreografias

Recebi este link de um video já com alguns anos (provavelmente de 2007) mas que vale a pena rever. Trata-se de um trabalho impressionante de coreografia. Vejam vocês aqui

sábado, julho 02, 2011

Algumas dicas... 1/20

Beber um copo de sumo de laranja com alguma regularidade desde que não seja em jejum, vai ajudar certamente a aumentar os níveis de ferro e repor a vitamina C no teu organismo.

sexta-feira, julho 01, 2011

Precisa-se de matéria prima para construir um País

A crença geral é de que Sócrates não servia, bem como Cavaco, Guterres, Durão e Santana Lopes. Em breve diremos que Passo Coelho não serve. E o que vier depois de Passo Coelho também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está nos Políticos.

O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.

Porque pertencemos a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertencemos a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertencemos ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos.
Pertencemos a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertencemos a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano;
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos;
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros;
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica;
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
- Onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame;
- Onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar;
- Onde a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão;
- Onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes;

Quanto mais analiso os defeitos dos Políticos:
- Melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem ter corrompido um guarda de trânsito para não ser multado...
- Melhor me sinto como português, apesar de que ainda hoje pela manhã ter explorado um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas...

Não. Não. Não. Já basta!

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, na classe política é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que o Primeiro Ministro se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!
Adaptação dum texto de: Eduardo Prado Coelho