Estar integrado num "mercado pequeno de transmissões televisivas" é o que afasta o F. C. Porto da lista dos 20 clubes mais ricos do Mundo. É pelo menos esse o argumento que a empresa Deloitte avança para justificar aquela que é a ausência mais significativa da sua lista anual dos clubes milionários, revelada ontem.
O JN teve acesso ao relatório integral da consultora, que consagra o Manchester United como clube mais rico do Mundo pela oitava vez consecutiva. Conhecidos que são os resultados financeiros da equipa inglesa e o seu reconhecimento mundial, o facto não pode causar estranheza. Tal como não deve surpreender que tanto o Real Madrid como o AC Milan ou a Juventus se tenham aguentado mais um ano no topo da lista. Ou mesmo que o Chelsea, do milionário Abramovich, tenha registado uma subida meteórica para a quarta posição, depois de o russo ter injectado alguns dos seus milhões nos cofres de Stanford Bridge.
O único espanto é causado pelo facto de o actual campeão europeu e mundial não ter ganho um lugar nos 20 primeiros, e que o mesmo aconteça com o AS Mónaco e o Deportivo da Corunha - respectivamente, semifinalista e finalista da Liga dos Campeões. Sobretudo tendo em conta que a mesma tabela inclui clubes como o Aston Villa, o Manchester City ou o Shalke 04, que pouco ou nenhum sucesso tiveram o ano passado, tanto ao nível dos seus campeonatos como nas competições internacionais.
A resposta, ao contrário do que se pode supor, não está tanto numa gestão fantástica destes últimos, nem numa estratégia desastrosa dos primeiros. Mais que nada, são os critérios escolhidos pela Deloitte para avaliar a riqueza dos clubes aquilo que determina o afastamento do F. C. Porto deste clube de milionários.
A prova é que as receitas obtidas através da venda de jogadores, por exemplo, é pura e simplesmente ignorada pelo estudo. Ora, só com as vendas de Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Deco, o F. C. Porto conseguiu encaixar quase tanto dinheiro (71 milhões de euros) do que alguns destes clubes apresentam como receitas totais.
No próprio documento, os autores (ingleses) sentiram-se obrigados a justificar a estranha ausência do clube português da sua lista, argumentando que o mercado televisivo português, "relativamente pequeno", só rendeu ao clube português 1,9 milhões de euros na Liga dos Campeões.
De facto, esta soma é apenas uma parte dos cerca de 6,2 milhões de euros que os portistas amealharam pela venda das transmissões de todos os jogos da época. No entanto, e aqui se prova algum acerto do estudo, 6,2 milhões de euros é muito pouco quando comparado aos impressionantes 94,5 milhões conseguidos pelo Manchester United (primeiro da tabela); ou mesmo aos 41 reunidos pelo Aston Villa (décimo da lista).
In JN
O JN teve acesso ao relatório integral da consultora, que consagra o Manchester United como clube mais rico do Mundo pela oitava vez consecutiva. Conhecidos que são os resultados financeiros da equipa inglesa e o seu reconhecimento mundial, o facto não pode causar estranheza. Tal como não deve surpreender que tanto o Real Madrid como o AC Milan ou a Juventus se tenham aguentado mais um ano no topo da lista. Ou mesmo que o Chelsea, do milionário Abramovich, tenha registado uma subida meteórica para a quarta posição, depois de o russo ter injectado alguns dos seus milhões nos cofres de Stanford Bridge.
O único espanto é causado pelo facto de o actual campeão europeu e mundial não ter ganho um lugar nos 20 primeiros, e que o mesmo aconteça com o AS Mónaco e o Deportivo da Corunha - respectivamente, semifinalista e finalista da Liga dos Campeões. Sobretudo tendo em conta que a mesma tabela inclui clubes como o Aston Villa, o Manchester City ou o Shalke 04, que pouco ou nenhum sucesso tiveram o ano passado, tanto ao nível dos seus campeonatos como nas competições internacionais.
A resposta, ao contrário do que se pode supor, não está tanto numa gestão fantástica destes últimos, nem numa estratégia desastrosa dos primeiros. Mais que nada, são os critérios escolhidos pela Deloitte para avaliar a riqueza dos clubes aquilo que determina o afastamento do F. C. Porto deste clube de milionários.
A prova é que as receitas obtidas através da venda de jogadores, por exemplo, é pura e simplesmente ignorada pelo estudo. Ora, só com as vendas de Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Deco, o F. C. Porto conseguiu encaixar quase tanto dinheiro (71 milhões de euros) do que alguns destes clubes apresentam como receitas totais.
No próprio documento, os autores (ingleses) sentiram-se obrigados a justificar a estranha ausência do clube português da sua lista, argumentando que o mercado televisivo português, "relativamente pequeno", só rendeu ao clube português 1,9 milhões de euros na Liga dos Campeões.
De facto, esta soma é apenas uma parte dos cerca de 6,2 milhões de euros que os portistas amealharam pela venda das transmissões de todos os jogos da época. No entanto, e aqui se prova algum acerto do estudo, 6,2 milhões de euros é muito pouco quando comparado aos impressionantes 94,5 milhões conseguidos pelo Manchester United (primeiro da tabela); ou mesmo aos 41 reunidos pelo Aston Villa (décimo da lista).
In JN
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