Quem percorre a cidade está longe de imaginar que um outro Porto, estreito, húmido e mergulhado na escuridão, se estende por debaixo das ruas.
Entre 1825 e 1838, centenas de homens escavaram no granito um novo aqueduto para as águas que nascem debaixo do actual jardim de Arca D’Água, concretizando um sonho que começou em 1597, com um pedido ao rei Filipe I. São mais de três quilómetros de túneis que continuam ainda abertos e a funcionar, imunes à passagem do tempo, continuando a levar água até ao centro da cidade.
A obra era tão importante para a cidade que nem mesmo durante o Cerco do Porto (1832-1833), em que todos estavam mobilizados para a estóica resistência às forças miguelistas que sitiaram a cidade, a construção dos túneis parou. Foi uma gigantesca obra de engenharia que transformou a rede de abastecimento de água do Porto na maior e mais farta da época. A água, agora considerada imprópria para consumo, ainda é utilizada para rega em algumas casas e quintas da cidade.
Em Arca D’Água, no início do percurso, três grandes fontes enchem ainda a galeria mandada construir por Filipe I. Os túneis estreitos e húmidos abrem caminho aos canais alisados pela água, cruzando as ruas e avenidas do Porto, poucos metros abaixo da superfície.
Ao longo de todo o percurso, várias fontes de água rompem o granito, deixando para trás um rasto de ferro que pinta de laranja os sulcos irregulares feitos pelas ferramentas dos operários. Os túneis podem agora ser percorridos, em visitas organizadas pelo SMAS-Porto.
Entre 1825 e 1838, centenas de homens escavaram no granito um novo aqueduto para as águas que nascem debaixo do actual jardim de Arca D’Água, concretizando um sonho que começou em 1597, com um pedido ao rei Filipe I. São mais de três quilómetros de túneis que continuam ainda abertos e a funcionar, imunes à passagem do tempo, continuando a levar água até ao centro da cidade.
A obra era tão importante para a cidade que nem mesmo durante o Cerco do Porto (1832-1833), em que todos estavam mobilizados para a estóica resistência às forças miguelistas que sitiaram a cidade, a construção dos túneis parou. Foi uma gigantesca obra de engenharia que transformou a rede de abastecimento de água do Porto na maior e mais farta da época. A água, agora considerada imprópria para consumo, ainda é utilizada para rega em algumas casas e quintas da cidade.
Em Arca D’Água, no início do percurso, três grandes fontes enchem ainda a galeria mandada construir por Filipe I. Os túneis estreitos e húmidos abrem caminho aos canais alisados pela água, cruzando as ruas e avenidas do Porto, poucos metros abaixo da superfície.
Ao longo de todo o percurso, várias fontes de água rompem o granito, deixando para trás um rasto de ferro que pinta de laranja os sulcos irregulares feitos pelas ferramentas dos operários. Os túneis podem agora ser percorridos, em visitas organizadas pelo SMAS-Porto.
Fonte: Expresso
1 comentário:
De certo modo que pena que o deixaram de fazer... ;) alias acho que cada vez mais se perdem as coisas que se davam valor... caminha-se para um mundo pior :/
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