segunda-feira, julho 10, 2006

Um túmulo sem preço

A Câmara Municipal de Lisboa resolveu fazer um leilão de jazigos em dois dos maiores cemitérios em Lisboa. Este facto não teria importância de destaque se os preços licitados não tivessem chegado aos 8,300 euros o metro quadrado sendo os mais “baratos” na ordem dos 2,500 euros, isto quando o valor médio do metro quadrado na habitação para os vivos, na região metropolitana de Lisboa, é de 1,470 euros.
É milenar a importância que o ser humano concede à sepultura assim como é antigo o desejo que os ricos sempre tiveram de poder comprar o melhor lugar na terra como que a desejar o melhor lugar no céu. Se olharmos para as sete maravilhas do mundo antigo vemos logo à cabeça a Grande pirâmide de Gize, um ícone cultural da antiguidade, o orgulho do Egipto. Construída pelo faraó Khéops, esta magnífica construção segundo um historiador “colocou para sempre Gize no coração da devoção funerária, uma cidade dos mortos que reduziu de significância as cidades dos vivos em redor.”

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