“A noção de serviço público, nos tempos que correm, parece que deixou de ter qualquer significado. A situação é paradoxal. Enquanto que as tutelas políticas têm passado pelo desporto como cão por vinha vindimada, limitando-se a uma política de holofote no sentido de valorizar os efeitos de anúncio em proveito dos partidos de que fazem parte, já no associativismo desportivo, em trinta anos de democracia, foi construído um Movimento Desportivo de cúpula clientelar, subsídio dependente e com um enorme défice democrático que se mantêm agarrado ao poder, sem que daí advenham quaisquer vantagens para a base do desporto nacional onde verdadeiramente acontece desporto. Hoje, o desporto em Portugal, da educação desportiva à alta competição, passando pela recreação, pelo profissionalismo e pelo espectáculo, encontra-se num beco sem saída e, por melhor boa vontade que a actual tutela possa demonstrar, não há Congresso do Desporto que o salve, até porque, como se sabe, as organizações são como os peixes, quando começam a apodrecer é pela cabeça.
Por isso, é para nós evidente que os verdadeiros problemas do País não estão na globalização, na economia e, muito menos, nos portugueses. Os verdadeiros problemas do País estão no carácter das suas lideranças. E o carácter, como se sabe, ou se tem ou não se tem.”
Por isso, é para nós evidente que os verdadeiros problemas do País não estão na globalização, na economia e, muito menos, nos portugueses. Os verdadeiros problemas do País estão no carácter das suas lideranças. E o carácter, como se sabe, ou se tem ou não se tem.”
Gustavo Pires
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