Este ideal lírico foi transmitido pelo barão de Coubertin na sua frase mais famosa: «A coisa mais importante da vida não é vencer, mas sim participar. O essencial não é vencer, mas sim lutar arduamente por essa mesma vitória.»
Só que a vitória significava tudo para os antigos gregos, para quem o sucesso estava acima de tudo. Não havia prémios para o segundo e terceiro lugares nas antigas Olimpíadas: só mesmo para o primeiro. Quanto aos perdedores, arrastavam-se até casa desonrados, tal como Píndaro afirma: «Desapareciam pelas galerias traseiras, sozinhos e furtivos, dolorosamente agastados pela sua derrota.»
Não estavam sequer isentos de falsear a verdade desportiva para alcançarem a vitória. Com efeito, o suborno era algo de particularmente comum: Eupolos, um pugilista da Tessália, venceu depois de ter subornado os seus opositores. in Selecções
É caso para dizer que nas antigas Olimpíadas ganhar não era o mais importante, mas sim a única coisa que importava.
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