sexta-feira, junho 02, 2006

O sistema de distribuição de electricidade...

...precisa de mudar porque não está concebido para acomodar as energias renováveis
A democracia ainda não chegou às redes. O modelo de distribuição de electricidade dominante nos países desenvolvidos é uma autêntica ditadura. A produção está concentrada num pequeno número de centrais térmicas e nucleares de elevada capacidade e é transportada através das linhas de alta tensão, num único sentido do produtor para o consumidor.
Não há a interactividade e participação que encontramos noutras redes como a Internet, descentralizada e democratizada. Mas com a liberalização dos mercados, a diversificação das fontes de energia e a necessidade de reduzir a emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera, este modelo tem os dias contados, porque desperdiça imensa energia. Como a electricidade é produzida em grandes centrais distantes das cidades, quase 2/3 é deitada ao lixo. Uma parte (10%) perde-se ao longo das extensas redes de distribuição, mas a maior fatia (50% a 60%) foge sob a forma de calor das próprias centrais. É urgente acabar com esta escandalosa falta de eficiência energética.
E isso só é possível mudando o actual sistema de distribuição para um modelo descentralizado, onde a energia é produzida muito perto dos seus consumidores, que ganham poder e se transformam simultaneamente em produtores.

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